Prática ocorreu durante aprovação da Reforma da Previdência, onde o governo liberou bilhões em verbas parlamentares a deputados e senadores do ‘centrão’. Projeto precisa de 308 votos na Câmara e deve ir a votação após feriado de 12 de outubro.
Previsão é do Cientista Social Luiz N S Torres, consultado pelo Dever de Classe. Ele fala um pouco sobre essa votação definitiva da reforma, que o presidente da Câmara Arthur Lira (PP–AL) ameaça efetivar após o feriado de 12 de outubro.
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Por que o senhor avalia que o presidente Bolsonaro vai liberar verbas para parlamentares aprovar a Pec 32?
A Reforma Administrativa é muito impopular, pois arrasa com os direitos do funcionalismo. Servidores de todo o Brasil estão pressionando fortemente os deputados para votarem contra o projeto. Se o governo não liberar muito dinheiro, como fez na Reforma da Previdência, Pec 32 não passa. Basta ver que Bolsonaro e seu aliado Arthur Lira tiveram que fazer manobras na Comissão Especial da Câmara. Sem essas armações, Pec 32 tinha morrido logo ali.
Explique melhor…
Na votação anunciada para depois de 12 de outubro, são necessários no mínimo 308 votos na Câmara, e os deputados não querem se queimar na véspera da eleição de 2022. Principalmente no Norte e Nordeste, onde o volume de servidores percentualmente é muito forte, Bolsonaro terá muitas dificuldades para convencer os parlamentares a votar no projeto. Se não liberar bilhões de reais em verbas parlamentares, Pec 32 fica prejudicada. O Arthur LIra, homem forte do ‘centrão’, é quem certamente deve estar convencendo Bolsonaro a abrir os cofres públicos. É esperar pra ver.
O que os servidores devem fazer?
Continuar mobilizados e pressionando os deputados. Sem isso, a força do dinheiro pode imperar mais uma vez.
Fonte: www.deverdeclasse.org