Na noite de quinta-feira, 8 de agosto, mais de 250 dirigentes sindicais das três esferas do funcionalismo público se reuniram em uma plenária convocada pela CUT, em parceria com confederações e federações representativas de servidores públicos federais, estaduais e municipais. O encontro, que contou com a presença do Sintrajufe/RS, teve como objetivo organizar ações conjuntas para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a favor dos trabalhadores no julgamento das 13 ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) relacionadas à reforma da Previdência de 2019 e seus impactos.
Até o momento, há uma maioria favorável ao fim da contribuição ordinária para aposentados acima de um salário mínimo e da contribuição extraordinária. Contudo, a votação sobre a progressividade das alíquotas ainda está empatada. Durante a plenária, foram discutidas estratégias para intensificar a pressão sobre o STF e garantir que a decisão seja favorável aos servidores públicos.
Proposta de Cronograma e Mobilizações
Uma proposta de cronograma foi apresentada e está sujeita a ajustes, incorporando sugestões feitas durante a plenária. A coordenação das três esferas da CUT deve definir o calendário final, que inclui as seguintes ações:
Análise da Reforma e Impactos
Camilla Cândido, advogada presente na plenária, fez uma apresentação detalhada sobre a reforma da Previdência, destacando os efeitos graves que a Emenda Constitucional (EC) 103/2019, aprovada durante o governo Bolsonaro, trouxe para aposentados e pensionistas. Segundo a advogada, a reforma impôs um confisco sobre as aposentadorias e pensões, afetando gravemente a vida das pessoas. Ela enfatizou que o julgamento no STF representa uma oportunidade de reverter, ao menos parcialmente, os danos causados pela reforma.
Posicionamento do Sintrajufe/RS
Arlene Barcellos, diretora do Sintrajufe/RS, que representou o sindicato na plenária, destacou a importância do momento em que ocorre o julgamento das ADIs no STF. Ela afirmou que, apesar de as ações promoverem justiça parcial, é necessário avançar na pauta para revogar toda a reforma da Previdência e eliminar o confisco sobre aposentadorias e pensões. Arlene defende que a luta deve continuar até que todos os direitos dos servidores públicos sejam restabelecidos.
A plenária reafirmou o compromisso das entidades sindicais em intensificar a luta em defesa dos servidores públicos, com a expectativa de que o STF faça justiça aos trabalhadores e trabalhadoras do setor público, ativos e aposentados, que foram duramente impactados pela reforma da Previdência.
Texto base: https://sintrajufe.org.br/