O salário mínimo previsto para 2026 será de R$ 1.631,00, conforme o Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) encaminhado pelo governo federal ao Congresso Nacional nesta sexta-feira (29). O valor representa um aumento de R$ 113,00 em relação ao piso atual, que é de R$ 1.518,00.
O cálculo do reajuste segue a nova política de valorização do salário mínimo, que leva em conta a variação da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), somada ao crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. Para 2026, o ganho real projetado é de 2,5%.
De acordo com o PLOA (PLN 15/2025), a previsão é que o PIB brasileiro cresça 2,44% no próximo ano, enquanto a inflação deve ficar em torno de 3,6%. Esses indicadores servem como base para as estimativas de receitas e despesas do governo, além de orientar a política econômica.
O aumento do salário mínimo tem impacto direto na renda de milhões de brasileiros, especialmente aposentados e pensionistas do INSS, cujo benefício não pode ser inferior ao piso nacional. Além disso, reajustes no mínimo influenciam contratos trabalhistas, benefícios sociais e repasses governamentais.
Segundo especialistas, o reajuste não apenas corrige a inflação acumulada, mas também garante um pequeno aumento real no poder de compra dos trabalhadores. No entanto, a medida também eleva as despesas da União, já que grande parte dos gastos sociais está atrelada ao salário mínimo.
O projeto da Lei Orçamentária Anual será analisado pelo Congresso Nacional nos próximos meses. Deputados e senadores poderão propor alterações antes da votação final, que precisa ocorrer até o fim deste ano legislativo.
O novo valor do salário mínimo só entrará em vigor em 1º de janeiro de 2026, após aprovação do orçamento e publicação do decreto presidencial.
