brasil

IBGE divulga inflação oficial de 2021; IPCA fecha em 10,06%

Inflação medida pelo IPCA passa dos dois dígitos em 2021. Já o INPC foi ainda maior e fechou em 10,16%. O IBGE divulgou nesta terça-feira (11) os dados da inflação oficial de 2021. O IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que abrange famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, teve alta de 10,06%. […]
Por SECOM FETRAM terça-feira, 11 de janeiro de 2022 | 16h36m

Inflação medida pelo IPCA passa dos dois dígitos em 2021. Já o INPC foi ainda maior e fechou em 10,16%.

IBGE divulgou nesta terça-feira (11) os dados da inflação oficial de 2021. O IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que abrange famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, teve alta de 10,06%. Em dezembro a alta medida foi de 0,73%, após alta de 0,95% registrada em novembro do ano passado.

Essa foi a maior taxa anual desde 2015, quando o índice foi de 10,67%. O teto definido pelo Banco Central e pelo Conselho Monetário Nacional no início do ano (2021) era de 5,25%.

O vilão da inflação em 2021 foi o setor de combustíveis – a gasolina acumulou alta de 47,49% e o etanol, 62,23%. Assim, o grupo Transportes teve a maior variação (21,03%), seguido por Habitação (13,05%) e Alimentação e bebidas (7,94%).

O IBGE destacou ainda que o preço dos automóveis novos (16,16%) e usados (15,05%) também influenciou na alta registrada. “Esse aumento se explica pelo desarranjo na cadeia produtiva do setor automotivo. Houve uma retomada na demanda global que a oferta não conseguiu suprir, ocorrendo, por exemplo, atrasos nas entregas de peças e, as vezes do próprio automóvel“, disse Pedro Kislanov, gerente do IBGE.

No grupo Habitação, a principal contribuição veio da energia elétrica, com alta de 21,21%. Além dos reajustes tarifários, as bandeiras foram aumentando, culminando na criação de uma nova bandeira de Escassez Hídrica. O gás de cozinha (GLP de 13Kg) fechou em alta de 36,99% e subiu em todos os meses de 2021.

Outro grupo com alta inflacionária em 2021 foi de vestuário (10,31%), quarta maior variação entre todos os grupos. Este tinha sido o único grupo com queda em 2020.

INPC

Já o INPC, índice usado pelo governo para reajustar o salário mínimo, foi um pouco maior e fechou 2021 em 10,16%. O INPC usa como base famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos. Os preços sempre são medidos nas capitais, regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de JaneiroSão Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

O salário mínimo teve assim um reajuste um pouco acima da inflação medida pelo INPC. O governo elevou o mínimo para R$ 1.212,00, alta de 10,18% frente aos R$ 1.100,00 de 2021. Agora, o governo deve definir o reajuste de aposentados do INSS que ganham acima de um mínimo, índice ainda não informado.

Com informações da Agência IBGE