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Governo propõe reajustes em benefícios, mas não concede aumento salarial aos servidores federais em 2024

Na última quarta-feira, a CNTSS/CUT, representada por Sandro Alex de Oliveira Cezar, participou de uma rodada da Mesa Nacional de Negociação do Serviço Público Federal, buscando avanços na campanha salarial de 2024. No entanto, o governo, através do secretário José Lopez Feijó, anunciou a não concessão de reajuste salarial neste ano, apesar do crescimento na arrecadação.
Por SECOM FETRAM sábado, 13 de abril de 2024 | 19h05m

Reprodução de Imagem: CNTSS

Na última quarta-feira, 10/04, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS/CUT), representada por seu secretário de Finanças, Sandro Alex de Oliveira Cezar, marcou presença em uma nova rodada da Mesa Nacional de Negociação Permanente do Serviço Público Federal. Este encontro, possível graças à mobilização das entidades dos trabalhadores, visava retomar as discussões sobre a pauta da campanha salarial de 2024 dos servidores federais.

No entanto, as expectativas foram frustradas quando o governo, representado pelo secretário de Gestão de Pessoas e de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), José Lopez Feijó, anunciou que não pretende conceder reajuste linear e geral neste ano. Embora dados recentes apontem um crescimento na arrecadação, chegando a R$ 441,86 bilhões no primeiro bimestre, um aumento de 8,98%, o governo optou por não contemplar os servidores com aumentos salariais.

A proposta apresentada pelo MGI inclui reajustes nos benefícios dos servidores para o mês de maio, como aumento do auxílio alimentação, auxílio-saúde e auxílio-creche. Além disso, o governo propôs a criação de mesas específicas por categoria, totalizando 60 mesas, para discutir recomposição salarial e reestruturação das carreiras até julho deste ano.

Para a CNTSS/CUT, o conteúdo do Termo de Compromisso apresentado pelo governo é insatisfatório, visto que não contempla aumentos salariais e o prazo para discussão nas mesas específicas é considerado curto pelas entidades. Sandro Cezar, secretário de Finanças da CNTSS/CUT, destacou a importância da organização dos trabalhadores e convocou mobilizações em conjunto com o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (FONASEFE).

Os servidores têm até a próxima sexta-feira (19) para responder ao governo sobre a proposta apresentada. Os reajustes nos benefícios serão concedidos apenas se a maioria das categorias concordar com a proposta. Em resposta, o FONASEFE afirma que não aceitará 0% de reajuste e que a luta dos servidores por recomposição salarial continua firme.

Texto Base: mundosindical