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Docentes da UFMA aprovam construção de greve no primeiro semestre de 2024

Docentes da UFMA aprovaram a construção de greve no primeiro semestre de 2024, em resposta à proposta de reajuste zero do Governo. Eles se uniram aos Técnicos Administrativos em Educação (TAEs) já em greve. As principais demandas incluem recomposição salarial, equiparação de benefícios e revogação de normas abusivas. A mobilização visa não só garantir direitos, mas também fortalecer a educação pública.
Por SECOM FETRAM quinta-feira, 28 de março de 2024 | 11h02m

 

 

Fonte: Universidade Federal do Maranhão

Na última Assembleia Geral Ordinária da APRUMA-Seção Sindical do ANDES-Sindicato Nacional, realizada de forma presencial no auditório Ribamar Carvalho, na Área de Vivência do Campus do Bacanga, em São Luís, docentes da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) deliberaram pela construção da greve no primeiro semestre de 2024, com indicativo para a primeira quinzena de abril. A votação foi estendida a todos os campi do continente, por meio de salas de videoconferência disponibilizadas nas dependências da universidade.

Ao término da Assembleia, foi constituído o Comando Local de Mobilização, composto por membros da Diretoria/APRUMA e representantes de diferentes campi da UFMA, responsáveis por promover atos, reuniões e demais iniciativas para fomentar a greve em todos os campi da instituição.

O encaminhamento da APRUMA-Seção Sindical será submetido à deliberação na reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) do ANDES-Sindicato Nacional, a ser realizada em Brasília (DF). A presidenta da APRUMA-Seção Sindical, profª Ilse Gomes, reafirmou o compromisso da diretoria em liderar as mobilizações necessárias para a participação da categoria no movimento grevista.

A greve geral na Educação e no funcionalismo público federal tem sido objeto de discussão, motivada pela campanha salarial dos servidores federais e pela proposta do Governo de reajuste zero em 2024. No 42º Congresso do ANDES-SN, realizado em Fortaleza (CE), docentes reunidos deliberaram pela intensificação da mobilização de base, visando à construção de uma greve unificada no funcionalismo público federal em 2024.

Na UFMA, além dos docentes, as Técnicas Administrativas em Educação (TAEs) estão em greve desde 18 de março, conforme decisão da Assembleia Geral do dia 11 de março. A mobilização é crescente e promete ser uma das maiores que a UFMA já presenciou.

Entre as principais reivindicações dos docentes da UFMA destacam-se:

Recomposição das perdas salariais a partir de 2016, com proposta de reajuste de 22,71% em três parcelas iguais de 7,07% em 2024, 2025 e 2026;

 

Negociação da defasagem salarial do período de 2010 a 2016;

Remuneração integral e isonômica aos integrantes do mesmo nível da carreira;

Equiparação de benefícios com os servidores do legislativo e judiciário;

Recomposição do orçamento das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES);

Autonomia universitária;

Construção de protocolo de combate ao assédio e discriminação nas IFES;

Revogação das normas abusivas que controlam a jornada docente e impedem a progressão na carreira e o direito à aposentadoria;

Revogação do Novo Ensino Médio, BNCC e BNC-Formação.

Diante dessas demandas e do contexto nacional de luta por direitos trabalhistas e pela valorização da educação pública, os docentes da UFMA estão unidos na construção de um movimento grevista que visa não apenas a garantia de seus direitos, mas também o fortalecimento da educação e do serviço público como um todo.

Fonte: Apruma.org