.Posse virtual ocorreu na noite da terça-feira (18): nova presidenta é de Santa Catarina
Com 63,04% de renovação, a nova direção da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público (Confetam/CUT) tomou posse, na noite desta terça-feira (18), em solenidade virtual que reuniu representantes da Internacional de Serviços Públicos (ISP), Central Única dos Trabalhadores (CUT), federações estaduais de servidores públicos municipais, e sindicatos da categoria de todo o país. Dos 46 cargos, 12 deles recém-criados, 29 são ocupados por novos dirigentes.
A maioria da nova direção é formada por professoras e professores do ensino público municipal. Na ponta do lápis, são 21 docentes, 45,65% do total de dirigentes sindicais. Em segundo lugar vêm advogadas e advogados, com três representantes (6,52%). Em terceiro aparecem bibliotecários, auxiliares administrativos, assistentes sociais e guardas civis, com dois representantes (4,35 %) cada.
Com um representante, outras 14 profissões – oficial de administração, cozinheira, agente administrativo, técnica em higiene dental, assistente de gestão de políticas públicas, fiscal de tributos, cirurgião dentista, socorrista, técnico em contabilidade, motorista, agente de combate à endemias, técnica em radiologia, agente de vigilância sanitária e fiscal sanitário -, também compõem a nova direção, somando 30,44% .
No comando do ramo dos municipais até 2025
Professora da rede pública e presidenta do Sindicato dos Servidores de Criciúma, município do estado de Santa Catarina, Jucélia Vargas assumiu a Presidência da Confetam/CUT em substituição a Vilani Oliveira, nova secretária de Combate ao Racismo. Empossada em cerimônia virtual prestigiada pelos quatro representantes dos servidores municipais na direção nacional da CUT – Graça Costa, Junéia Batista, Jandyra Uehara e João Batista Gomes –, Jucélia Vargas ficará no comando do ramo até 2025.
Como desafio para a gestão que iniciou hoje, Jucélia destacou o esforço de todes para que as políticas da Confetam/CUT de defesa dos servidores públicos e da classe trabalhadora sejam efetivamente implementadas pelos sindicatos, com o suporte das federações, nos mais de 800 municípios onde o ramo dos servidores municipais CUTistas está organizado. “É preciso que, o que a gente defina nacionalmente, se materialize nos municípios”, apontou a presidenta.
Prioridade é derrubar a PEC 32 e Bolsonaro
Entre as prioridades da nova gestão, empossados e convidados enfatizaram em seus discursos a importância da união das forças dos servidores dos governos municipais, estaduais e federal para derrubar o presidente fascista Jair Bolsonaro por crime de genocídio e barrar a Reforma Administrativa (PEC 32), que desmonta o Estado brasileiro e os direitos dos servidores para privatizar os serviços públicos. “Essa tarefa é essencial. É o centro do debate”, advertiu o secretário adjunto de Comunicação e Imprensa da Confetam/CUT, Vlamir Lima.
A exemplo do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep/SP), que não arredou o pé dos locais de trabalho durante a pandemia e enfrenta agora uma greve de 100 dias cuja principal reivindicação é o direito à vida, o dirigente defendeu a volta do movimento sindical às ruas para derrubar Bolsonaro e a PEC 32.
“As ruas estão sentindo nossa falta”
“Vamos, sim, para a rua!”, convocou Vlamir Lima. “As ruas estão sentindo nossa falta, com certeza!”, concordou a ex-presidenta Vilani Oliveira. Como legado de sua gestão, ela deixa a concretização de um antigo sonho coletivo: a unidade dos servidores das três esferas de governo, dos trabalhadores da educação pública e da seguridade social. Essa união tomará corpo na noite do próximo dia 27, quando as entidades nacionais do serviço público CUTista lançam a campanha A Reforma Administrativa faz mal ao Brasil.
Na data, Confetam, Fenasepe (Federação Nacional dos Servidores e Empregados Públicos Estaduais e do DF), Condsef (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação) e CNTSS (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Seguridade Social) lançam juntas o Manifesto do Serviço Público contra a PEC 32.
“Conseguir juntar essas cinco entidades numa composição de unidade que persista pós-derrota da Reforma Administrativa é a realização de um sonho. Essa construção é o grande legado que vamos deixar”, afirmou Vilani Oliveira.
Confira a composição profissional da nova direção:
Professores – 21 (45,65%)
Advogados – 3 (6,52%)
Bibliotecários – 2 (4,35 %)
Auxiliares administrativos – 2 (4,35 %)
Assistentes sociais – 2 (4,35 %)
Guardas civis – 2 (4,35 %)
Outros* – 14 (30,44%)
*Oficial de administração, cozinheira, agente administrativo, técnica em higiene dental, assistente de gestão de políticas públicas, fiscal de tributos, cirurgião dentista, socorrista, técnico em contabilidade, motorista, agente de combate a endemias, técnica em radiologia, agente de vigilância sanitária e fiscal sanitário (com um representante)