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Centrais Sindicais repudiam arquivamento da MP 1303/2025, que previa taxação de bancos, bets e bilionários

A proposta buscava ampliar a arrecadação com base nos lucros extraordinários desses setores, que seguem em alta mesmo diante do aumento da desigualdade social no Brasil.
Por SECOM FETRAM sábado, 11 de outubro de 2025 | 18h08m

As principais Centrais Sindicais do país divulgaram nota de repúdio após a decisão da Câmara dos Deputados de não apreciar a Medida Provisória nº 1303/2025, que previa a taxação de bancos, casas de apostas e grandes fortunas. A proposta buscava ampliar a arrecadação com base nos lucros extraordinários desses setores, que seguem em alta mesmo diante do aumento da desigualdade social no Brasil.

Segundo as entidades, a medida representava um passo importante rumo a um sistema tributário mais justo, em que os que mais ganham contribuam de forma proporcional para o desenvolvimento do país. “O cerne da proposta era justo e necessário. Ao rejeitar sequer discutir o tema, a Câmara Federal vira novamente as costas para o povo brasileiro”, afirmam as centrais, em tom crítico à decisão parlamentar.

A nota também acusa o Congresso de antecipar o cenário eleitoral de 2026 e de colocar a política acima do interesse nacional. “Os trabalhadores e trabalhadoras não aceitarão que, mais uma vez, a conta recaia sobre os ombros de quem trabalha. É preciso que os privilégios sejam revistos — com corte de supersalários e de emendas parlamentares sem interesse público”, diz o texto.

As centrais classificaram a postura dos deputados como “revanchista” e “desprezível diante das necessidades do povo”, comparando o episódio ao recente arquivamento da chamada “PEC da Blindagem”, rejeitada pela mobilização popular nas ruas.

Encerrando o posicionamento, as entidades reafirmam o compromisso com a luta pela justiça fiscal, o fortalecimento dos serviços públicos e a defesa da soberania nacional. “O Brasil precisa de coragem e compromisso com o povo — não de submissão diante do poder econômico”, conclui a nota.