Nesta terça-feira (9), data marcada para o último encontro do ano do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, diversas centrais sindicais programam um ato em frente à sede da instituição, localizada na Av. Paulista, nº 1804, em São Paulo. O protesto tem como foco a defesa da redução da taxa básica de juros (Selic), atualmente fixada em 15%, o maior patamar registrado em quase duas décadas.
De acordo com as entidades sindicais, o nível elevado da taxa de juros impõe custos significativos ao país. Estimativas apresentadas pelos organizadores apontam que cada ponto percentual de aumento na Selic representa mais de R$ 50 bilhões em gastos públicos adicionais, devido ao impacto direto sobre o serviço da dívida.
As centrais afirmam ainda que os juros altos, ao encarecerem o crédito e frearem investimentos, afetam negativamente o consumo, a geração de empregos e o desenvolvimento econômico. Para os grupos que convocam o ato, manter a Selic em níveis tão elevados não tem se mostrado eficaz no controle da inflação e acaba privilegiando setores ligados à especulação financeira, especialmente os detentores de títulos da dívida pública.
O protesto desta terça acontece em meio às expectativas sobre a decisão final do Copom. Enquanto o Banco Central avalia indicadores econômicos para definir o rumo da política monetária, os movimentos sindicais buscam pressionar por uma mudança de estratégia que, segundo afirmam, contribuiria para reaquecer a economia e melhorar as condições de vida dos trabalhadores.
